Dívida do estado com empresa que presta serviço chega a R$ 10 milhões

São cerca de 450 atendimentos por dia, recebendo pedidos de socorro, fazendo a primeira triagem e direcionando para qual hospital o paciente deve ser levado. A central telefônica do Samu, um serviço fundamental para a população, pode parar a qualquer momento porque a empresa terceirizada que opera o sistema 192 no município do Rio está sem receber do governo do estado. A HSI Solutions enviou um ofício à Secretaria estadual de Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros, no último dia 19, informando a “iminência da interrupção do serviço”.

No documento, a empresa diz que a medida poderá ser tomada porque não recebeu parte do pagamento correspondente a novembro de 2016, e os vencimentos referentes ao período de dezembro de 2016 a junho de 2017. A dívida chegaria a mais de R$ 10 milhões.

“Não possuímos mais recursos, nem crédito junto ao mercado bancário, para arcar com nossos compromissos junto aos funcionários, bem como, aos prestadores de serviços diretamente relacionados ao contrato em referência e ao próprio governo”, descreve a empresa. Por causa dessa situação, a HSI Solutions conclui que não pode “garantir que funcionários trabalhem sem recebimento de seus salários e benefícios, nem que fornecedores continuem prestando seus serviços sem seus respectivos recebimentos”.

Na capital, o Samu é operado pelo Corpo de Bombeiros, mas a empresa faz o atendimento inicial das urgências que chegam pelo 192, a triagem dos casos e monitora as ambulâncias.

A Secretaria estadual de Defesa Civil informou que “a verba para o pagamento (da empresa terceirizada) é descentralizada pela Secretaria estadual de Saúde”. A Saúde, por sua vez, afirmou que “solicitou ao Corpo de Bombeiros a renegociação do contrato com a empresa. A intenção é “efetuar a redução de valores, assim como a SES tem feito com todos os contratos”.

Fonte: O Globo – 21.07

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