A medicina integrativa é uma prática terapêutica que propõe uma parceria entre uma equipe médica multidisciplinar e pacientes. Para auxiliar no tratamento das questões orgânicas e fisiológicas a prática vai além, integrando corpo e mente. Para tal, são combinados métodos da medicina tradicional, complementar e integrativa.
A parceria equipe-paciente enxerga o ser biopsicossocial na busca por meios de regenerar a saúde física, preservando o bem-estar de maneira global.
A prática é conhecida por proporcionar um tratamento humanizado e flexível. O método integrativo que será associado ao tratamento convencional varia conforme as particularidades de cada paciente.
Para a OMS – Organização Mundial da Saúde, as MTCI – Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas é a denominação que “se refere a um amplo conjunto de práticas de atenção à saúde baseado em teorias e experiências de diferentes culturas utilizadas para promoção da saúde, prevenção e recuperação, levando em consideração o ser integral em todas as suas dimensões.” Em outras palavras, a OMS reconhece a medicina integrativa como uma prática de cuidado e atenção à saúde.
De modo geral, qualquer doença causada por estresse, ou que gere pânico e sofrimento emocional, pode ser tratada com ajuda da medicina integrativa somada ao método convencional.
Não há uma lista ou restrições, entretanto é mais comum ver o uso desta prática em pacientes com doenças como, por exemplo: dores crônicas, depressão, esclerose múltipla, fibromialgia, insônia, asma, câncer, vícios e dependência química, ansiedade, entre outros.
Medicina integrativa aliada aos tratamentos convencionais
Medicina integrativa aliada aos tratamentos convencionais
É muito comum a medicina tradicional entrelaçar nesse processo a nutrição e a psicologia; especialmente em casos de doenças crônicas ou terminais, pensando na qualidade de vida do paciente, uma vez que não há perspectiva de cura.
Por outro lado, em casos oncológicos, em que há probabilidade de cura, por exemplo, é bem comum o uso da medicina convencional, aliada a nutrição e a psicologia, com a medicina integrativa; também com foco no tratamento e cura por meio de um caminho menos doloroso. Efeitos colaterais como náuseas e vômitos, inerentes à quimio e radioterapia, por exemplo, são minimizados por meio de alguns métodos da medicina integrativa.
A medicina integrativa atua também para aumentar o bem-estar e a autoestima, reduzir sensações de medo e estresse, bem como sintomas de depressão e ansiedade comuns aos pacientes com diagnóstico de cancro.
Dentro dos métodos e práticas da medicina integrativa, estão?
- Yoga
- Reiki
- Meditação
- Acupuntura
- Aromaterapia
- Cromoterapia
- Ozonoterapia
- Musicoterapia
- Alongamentos
- Terapia de florais
- Exercícios respiratórios
- Dietas alimentares específicas
- Técnicas de gestão de estresse
- Massagens (sem óleos ou cremes)
- Práticas terapêuticas com auxílio profissional
- Entre outras
A medicina integrativa propõe uma prática de manutenção da saúde. É um cuidado ativo e preventivo. O paciente deixa de ser expectador e passa a ser protagonista, com participação ativa, em seu processo de tratamento e cura.
Como já mencionado, é uma prática que reúne profissionais de diversas áreas e formações, por meio de uma equipe multidisciplinar que defende a interdisciplinaridade como fator essencial no cuidado do paciente.
Associar tratamentos da medicina convencional com práticas meditativas, técnicas de respiração, relaxamento, uso de fitoterápicos, entre outros, baseados em evidências, faz parte da relação entre segurança e eficácia do tratamento.
Vale destacar que a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar regulamenta as práticas integrativas e complementares nos planos de saúde.
Desde 2006, com a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, a prática vem sendo adotada no SUS – Sistema Único de Saúde. Hospitais de referência como, por exemplo, o Sírio Libanês e Albert Einstein, ambos em São Paulo, também adotaram as práticas integrativas em suas instituições.
A medicina integrativa é adotada em diversas áreas, principalmente: oncologia, cardiologia, dores e pediatria. As práticas mais comuns são: acupuntura, ioga, reiki, aromaterapia, fitoterapia, homeopatia, entre outras.