O hábito do tabagismo causa cerca de 50 doenças diferentes. Estudos recentes relacionam o tabagismo ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, sobretudo em mulheres que apresentam lesão por HPV. Entre as doenças cardiovasculares mais comuns causadas pelo hábito de fumar estão: hipertensão, infarto, angina e derrame.
Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis como, por exemplo: câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga, doenças respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, o tabagismo também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade, osteoporose, catarata, entre outras.
O ato de fumar é um dos grandes fatores de risco para o câncer de pulmão e a maioria dos outros tipos de cancro que existem. Além disso, fumar contribui significativamente para acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos mortais.
Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também estão associados ou são fator de risco para desenvolver câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, assim como para patologias buco-dentais.
Os números do tabagismo no Brasil
- 443 pessoas morrem a cada dia devido ao tabagismo.
- R$ 125.148 bilhões são os custos dos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia
- 161.853 mortes anuais poderiam ser evitadas.
- 37.686 mortes anuais são atribuíveis ao tabagismo e correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
- 33.179 são os óbitos por doenças cardíacas em virtude do hábito de fumar
- 25.683 são mortes causadas por outros tipos de cânceres,
- 24.443 ao câncer de pulmão,
- 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas,
- 12.201 à pneumonia e
- 10.041 ao acidente vascular cerebral (AVC)
Câncer de colo de útero e Tabagismo
O tabagismo é um dos fatores de risco que causam câncer de colo de útero. Atualmente no Brasil, o câncer de colo do útero é o 2º que mais mata mulheres entre 20 e 49 anos.
“A cotinina presente no tabaco lesa o DNA ao ativar nitrosaminas, afetando as citocinas que infiltram o epitélio cervical e desempenham papel sinérgico na patogênese do HPV, inclusive em fumantes passivas.”
Segundo informações da Organização Pan-America da Saúde vinculada a OMS “O câncer do colo do útero é causado por infecção sexualmente adquirida com certos tipos de HPV.” O HPV de tipos 16 e 18 causam cerca de 70% dos casos de câncer do colo de útero e lesões pré-cancerosas, em todo o mundo. Evidências científicas relacionam ainda o HPV com cânceres do ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe.
Quem tem HPV e fuma, pode sofrer com interferências no sistema imunológico, aumentando assim as chances de ter o reaparecimento das lesões. Entre as mulheres, o tabagismo também é relacionado a problemas no ciclo menstrual, menopausa precoce e até infertilidade.
As vacinas para prevenir o HPV estão disponíveis em clínicas particulares ou através do SUS para populações específicas, como, por exemplo, crianças de 9 a 14 anos e pacientes vítimas de abuso sexual entre 9 e 45 anos. Nos Centros de Referência a Imunobiológicos Especiais a vacinação é disponibilizada também para crianças e adultos de 9 a 45 anos que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea e pacientes oncológicos.
Informação, hábitos saudáveis e ações preventivas de saúde salvam vidas. Fique alerta e faça sua parte! Se você tem vontade de parar de fumar e precisa de ajuda, conheça os programas de saúde da B2 voltados para empresas que auxiliam pessoas interessadas em se cuidar nesse sentido.
