Os planos de clínicas médicas populares são alternativas para quem não conseguiu manter convênio médico convencional devido à alta de preços. Mensalidades desse modelo de assistência custam a partir de R$ 50, no caso do plano individual, e de R$ 32, o empresarial.
Entre as opções no mercado, a Camim oferece laboratórios próprios, equipe médica e técnica e mantém quatro unidades em Campinho, Jacarepaguá, Realengo e Anchieta. Em breve, abrirá a quinta, em Nilópolis. A clínica trabalha com planos de R$ 58, para a faixa etária de 0 a 18 anos, e de R$ 123 para quem tem mais de 59 anos. Em todos, o cliente tem direito a consultas ilimitadas. Mas para alguns exames laboratoriais e raios-X há carência de 90 e 120 dias, respectivamente. A rede cresceu 17% no ano passado, informou Cristiano Souza, gerente da clínica. De acordo com ele, a presença em regiões mais carentes de saúde favoreceu o crescimento.
Convênios de clínicas populares são alternativas para quem não pode arcar com os custos da assistência regular. Mensalidades são a partir de R$ 50
Um diferencial da modalidade de convênio em clínicas médicas apontado por Guilherme Aranha, sócio-diretor do Centro Médico Pastore, é o fato de a clínica ter sistema próprio de benefícios, o que, segundo ele, permite oferecer o mesmo valor de mensalidade a todos os clientes.
“Com o pagamento de um valor mensal de R$50 (modalidade individual), nossos clientes têm acesso a descontos de até 50% não só em nosso centro médico, mas em toda a rede parceira”, conta. “Temos também soluções para famílias, com o valor mensal de R$45, e opções empresariais para quem pretende oferecer benefício ao funcionário a um custo a partir de R$ 32 mensais”, informa.
Já no Memorial Saúde, que tem mais de 50 unidades distribuídas pelo Rio, como Copacabana, Botafogo, Campo Grande, Madureira e Tijuca, por exemplo, os planos variam de R$98, para faixa etária de 18 anos, a R$587,92, para 75 anos. O centro possui todas as especialidades médicas, UTI móvel, CTI e exames laboratoriais.
Mas quem não quer aderir a um plano popular, tem a opção de usar um aplicativo para localizar médicos a preços mais acessíveis. O Doutor Já, por exemplo, funciona via celular e pode ser baixado em aparelhos modelo Android, iPhone e também pela internet. Mais de quatro mil profissionais de saúde e clínicas particulares com valores mais em conta estão à disposição dos usuários, que podem agendar as consultas gratuitamente. O aplicativo cobra 10% da consulta gerada pelo site/app aos profissionais envolvidos.
“Nosso objetivo a longo prazo é tornar o aplicativo um hub de saúde (referência), assim como o Airbnb é para os hotéis. Temos grandes oportunidades de receitas alternativas às consultas, tais como exames, laboratórios farmacêuticos e vendas de plano de saúde na plataforma. Seremos a maior clínica do Brasil para as consultas acessíveis”, afirma Gustavo Valente, presidente-executivo do Doutor Já.
Os atendimentos serão feitos nas próprias clínicas. Ao todo, serão oferecidas mil consultas gratuitas até o fim de 2016. O Doutor Já espera atingir 230 mil consultas em 2017 e faturamento de R$ 2,3 milhões. Para baixar o aplicativo acesse http://doutorja.com.br/.
PRECAUÇÕES
Com preços mais em conta, as clínicas com planos populares são realmente um atrativo para quem está sem convênio, mas algumas precauções devem ser tomadas para não “ficar no meio do caminho”. De acordo com o especialista em Direito do Consumidor José Ricardo Ramalho, é preciso, antes de aderir ao plano, procurar referências sobre o convênio que pretende contratar e se ele tem autorização da Agência Nacional de Saúde Suplementar para funcionar.
Ainda de acordo com ele, há clínicas populares que oferecem atendimento mais barato e isso pode facilitar a vida do usuário.
“Há pequenas clínicas bastante confiáveis que prestam serviços de qualidade a um preço acessível”, diz Ramalho. E reafirma: tem que pesquisar na ANS antes de aderir ao plano.