Nova regra também prevê tratamento em caso de trombose
Já está valendo em São Paulo (SP) a lei 16.599. A partir de agora, toda mulher do município tem direito de fazer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o exame que detecta a trombofilia. “A trombofilia é qualquer alteração do sangue que favoreça a formação de trombose. Pode ter causas genéticas ou adquiridas”, explica o médico Marcos Arêas Marques, membro do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
Estão no grupo de risco as pessoas que têm histórico na família, as gestantes e as mulheres que utilizam anticoncepcionais de estrogênio, como a pílula. A trombose é a formação de coágulo nas pernas (na maior parte das vezes na panturrilha). Em casos graves e não tratados pode evoluir para uma embolia pulmonar e levar à morte.
O exame que a nova lei assegura é simples, feito a partir de uma amostra de sangue. Ele revela se a mulher tem ou não uma propensão genética a desenvolver o problema. Porém, Marques alerta que o exame não costuma ser pedido rotineiramente pelos médicos. “Os especialistas costumam pedir esse tipo de exame para as mulheres que têm histórico familiar e para aquelas que já desenvolveram coágulo antes. É preciso ver o benefício que o exame irá trazer ao paciente”, explica o médico.
Isso porque, segundo ele, muitas pessoas tem sim essa propensão genética à trombose, mas poucas a desenvolvem de fato. Então, é necessário pesar o que o paciente irá fazer com aquela informação, caso o exame dê positivo.
A lei também prevê o tratamento se a trombose vier a acorrer. Nesse caso, a conduta mais adotada pelos médicos é prescrição de anticoagulantes, com duração a ser definida pelo profissional. O paciente afetado pela trombose pode sentir dor, incômodo e inchaço nas pernas. Mas atenção! Vale ressaltar que a trombose pode ser silenciosa. Portanto, se você tem casos na família, procure um médico para orientação.