Uma revista norte-americana de psicologia recentemente publicou um estudo apontando que somente 8% das pessoas conseguem cumprir suas resoluções de Ano Novo. Geralmente, até o final de janeiro, cerca de 1/3 das novas metas que muitas vezes incluem mudanças no estilo de vida e mais cuidados com a saúde já terão sido descartadas.
Rita Calegari, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que fazer planos e não conseguir cumprir pode gerar um efeito desmotivador nas pessoas, uma vez que a reincidência do fracasso tende a fragilizar a autoconfiança do indivíduo. Novas metas podem ser muito positivas para nosso desenvolvimento. No entanto, eles devem ser realistas e alcançáveis. Do contrário, estaremos criando uma armadilha pessoal que terá o efeito contrário.
Como é possível, então, administrar e manter essa motivação viva e funcional ao longo do ano? Rita sugere, além da criação de metas centradas e realizáveis, o planejamento da estratégia e dos recursos disponíveis. Desta forma, as resoluções podem durar um ano ou a vida inteira e não somente os primeiros dias de janeiro. É preciso ter consciência, também, de que motivação é um fator intrínseco cabe ao indivíduo desenvolver e manter. Há pessoas que desistem na menor dificuldade, mesmo estando cercada de recursos, enquanto outras, apesar das barreiras, se esforçam até conseguirem se realizar.