A campanha mundial ‘Janeiro Verde’ é dedicada a conscientizar e alertar a população feminina sobre a prevenção ao câncer de colo do útero. Também chamado de câncer cervical, este é o terceiro tumor maligno mais incidente entre a população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), excetuando-se o câncer de pele não-melanoma. É, ainda, a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), uma doença sexualmente transmissível (DST). Os subtipos HPV16 e o HPV18 são os mais vinculados ao desenvolvimento deste câncer e estão presentes em cerca de 70% dos casos. A vacina contra o HPV é uma das ferramentas para a prevenção ao câncer do colo do útero. No Brasil, o Ministério da Saúde implementou, em 2014, no Sistema Único de Saúde a vacinação gratuita para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério ampliou a vacinação para meninas de 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Outros fatores de risco são: imunossupressão (infecção pelo HIV, por exemplo), início precoce da atividade sexual e com múltiplos parceiros, uso prolongado de anticoncepcionais orais e o tabagismo. Dentre os fatores de proteção tem-se que mencionar os métodos de barreira, como as camisinhas, durante a relação sexual.

O exame preventivo do câncer do colo uterino (Papanicolau) é a principal estratégia para a detecção de lesões precursoras e o diagnóstico da doença em fase inicial e deve ser realizado periodicamente. É fundamental destacar que mesmo as mulheres vacinadas devem realizar o exame preventivo.

“Em relação aos sinais e sintomas mais comuns, devemos ressaltar que eles são inespecíficos ou já podem indicar doença em estágios mais avançados”, afirma a Dra. Cristiane Rocha, oncologista do CON – Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão. “Entre os sintomas, destacam-se: sangramento vaginal, corrimento ou secreção atípica vaginal, dor e/ou sangramento após relação sexual e dor na região pélvica”.

O câncer de colo do útero tem altíssimas chances de ser prevenido ou de ser tratado precocemente de maneira curativa. Entre os tipos de tratamento estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. “O tratamento varia de acordo com o estadiamento (estágio de evolução da doença) que é definido por exame ginecológico a ser realizado por ginecologista especializado em oncologia e exames de imagem. A curabilidade em estádio I gira em torno de 95% e por isso a importância do exame preventivo regularmente para o diagnóstico precoce”, afirma a especialista.

Fonte: Fator Brasil

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