Como se já não bastassem as preocupações com a nova variante da Covid-19, temos mais um sinal de alerta no Brasil. Trata-se da epidemia de gripe causada por vários vírus, sendo que o mais preocupante é o Influenza A – H3N2.
Embora Covid e gripe sejam transmitidas pelo ar, e apresentem sintomas semelhantes, elas possuem diferenças. Enquanto a Covid-19 tem uma alta transmissibilidade por meio de aerossóis, partículas microscópicas que expelimos ao falar, tossir ou espirar, o risco de contrair Influenza é maior ao tocar em superfícies contaminadas.
Sintomas da Influenza
O sintomas clássicos da gripe são febre súbita, tosse (geralmente seca), dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar, dor de garganta e coriza. A tosse pode ser forte e durar duas ou mais semanas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). E, no caso do H3N2, os sintomas são os mesmos, com o potencial de causar casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em idosos e imunocomprometidos.
Em linhas gerais, pacientes com esses sintomas devem passar por um isolamento para evitar contaminar outras pessoas, além de fazer repouso, ter boa alimentação, hidratar-se bem e usar medicamentos para amenizar dores e febre.
Como os hospitais e postos de saúde estão com grandes filas nas capitais afetadas, se o quadro for leve, a ideia é se recuperar em casa e ficar de olho em sinais de gravidade, como destaca a Fiocruz:
– Falta de ar e dificuldade para respirar;
– Dor ou pressão no peito ou estômago;
– Sinais de desidratação, como tonturas ao ficar de pé ou não urinar;
– Confusão mental.
E nas crianças:
– Respiração rápida ou dificuldade para respirar;
– Pele azulada (cianose) ou acinzentada;
– Não tem lágrimas ao chorar (em bebês);
– Vômito acentuado ou persistente;
– A criança não acorda ou não apresenta sinais de interação (fica apática);
– Irritabilidade;
– Febre com erupção cutânea e tosse persistente.
Prevenção
Enquanto o número de casos de Covid-19 apresentam tendência de queda, o número de casos de Influenza só aumenta. Por isso, mais do que nunca é preciso manter as medidas de proteção:
– Higienizar as mãos com frequência (lave com água e sabão ou use álcool gel 70%);
– Utilização correta das máscaras cobrindo a boca e o nariz;
– Adotar hábitos saudáveis, alimentar-se bem e manter-se hidratado;
– Não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros;
– Evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas.
Os médicos ressaltam ainda a importância de ficar em casa se tiver sintomas e de manter a etiqueta respiratória, tossindo e espirrando sempre cobrindo o rosto. No caso da influenza, o isolamento recomendado é de sete dias.
Fontes: BBC Brasil, G1, Fiocruz, Butantan e Revista Saúde.