Desde o período mais severo da pandemia da COVID19, em 2020, até os dias atuais, categorias que atuam na indústria do petróleo chamam a atenção para a situação da saúde mental dos trabalhadores devido às particularidades do setor
O confinamento é algo que faz parte da realidade dos profissionais que atuam nas plataformas marítimas desde sempre. Ficar embarcado por 14 dias ou mais, longe da família já era uma realidade desta categoria muito antes de qualquer risco pandêmico.
Além disso, a falta de iluminação e o calor nas refinarias também sempre fizeram parte do cotidiano desses profissionais, somado a periculosidade dos riscos de explosões e incêndio.
Ainda no primeiro quadrimestre de 2020, quando começou a pandemia de COVID -19, as empresas de produção de óleo e gás buscavam meios para entender como poderiam dar suporte emocional aos funcionários e familiares, uma vez que é uma profissão inviável de ser feita de maneira remota dentro de uma atividade tida como essencial. Ou seja, a produção de óleo, gás e combustível não podia parar.
Nas plataformas a equipe chegou a ficar embarcada e confinada por 28 dias para garantir a segurança e reduzir os riscos de contaminação de toda a tripulação. Além disso, novos protocolos foram adotados além das normas já rígidas devida atividade de alta periculosidade. Dentre elas, o confinamento de 14 dias em hotel antes de embarcar para o trabalho.
Com o perigo de se contaminar com um vírus, que até então não se tinha informação, vacina ou cura, o esgotamento profissional e os relatos de sintomas de estresse ocupacional cresceram entre diferentes grupos de trabalhadores do setor offshore. Entretanto, até os dias atuais, faltam dados científicos para uma análise mais profunda dos impactos na saúde mental desse grupo de profissionais.
O estresse ocupacional pode ser um sintoma percebido por supervisores quando o funcionário não consegue, por exemplo, atender às demandas solicitadas, apresentando por exemplo mudanças de comportamento e mal-estar frequente sem razão aparente.
Já o burnout, ou esgotamento profissional pode estar associado ou não ao estresse ocupacional. Que por sua vez pode ser esporádico ou crônico.
Sintomas físicos como: falta de energia, sensação de exaustão, fraqueza, irritabilidade, cefaleias, distúrbios musculoesqueléticos (enrijecimento da musculatura, excesso de câimbras e/ou formigamentos, etc), náuseas, problemas de sono (seja excesso ou falta), são característicos de pessoas com esgotamento profissional. Quando há 3 desses sintomas frequentes e associados, a situação pode já estar em um quadro grave do burnout.
Após a chegada da vacina, como em muitos setores, a situação ficou menos tensa, porém os protocolos de segurança se mantiveram.
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Os fatores mais comuns relacionados ao burnout são: redução na produtividade, qualidade e negligência ou imprudência, por procedimentos equivocados.
Quando acontece, gera insegurança no grupo. Consequentemente as relações interpessoais da equipe desestabilizam e podem impactar na ocorrência de acidentes.
Para qualquer empresa, os casos de burnout impactam em diversos contextos, inclusive econômico, quanto aos gastos com afastamento e tratamento do trabalhador. Sejam por sintomas físicos, mentais ou emocionais; ou ainda, pela necessidade de substituição com recrutamento e treinamento de novos funcionários, as perdas vão além das questões financeiras.
O estudo do burnout e do estresse ocupacional no contexto da indústria petrolífera ainda é recente apesar da síndrome de burnout em outros setores estar avançando no contexto de estudos, pesquisa e análise que a associam a transtornos mentais, como depressão, ansiedade pânicos, fobias e uso abusivo de álcool, drogas e substâncias psicoativas.
Nós, da B2 Saúde, atuamos por meio do nosso Programa de Qualidade de Vida com uma equipe multidisciplinar para diagnosticar e oferecer o melhor caminho para as empresas e seus funcionários, de acordo com o setor e nicho de mercado.