O plano de saúde empresarial representa um dos maiores investimentos financeiros do departamento de Recursos Humanos (RH) de qualquer empresa. É um benefício muito valorizado, que contribui na retenção de talentos. Além disso, o plano de saúde reduz custos por afastamento.
A política de benefícios deve direcionar as estratégias do negócio. Entretanto, é crucial revisá-la constantemente, especialmente no momento de análise do mercado.
O pacote de benefícios é um dos três principais atrativos para reter talentos no mercado. Vale lembrar que é essencial, para manter a qualidade de vida e a produtividade dos colaboradores.
No cenário desafiador dos custos do plano de saúde empresarial, é fundamental criar um método eficaz para reduzir a utilização excessiva e minimizar desperdícios financeiros. Buscar equilíbrio na sinistralidade torna-se fundamental para manter esse benefício valioso sem aumentar impactos financeiros.
Outro recurso que funciona é a implantação de medidas, como, por exemplo, programas internos voltados para a saúde preventiva. Ações como esta, reduzem custos e também promovem um ambiente de trabalho mais saudável. Além disso, a conscientização sobre a importância de consultas regulares e a adoção de modelos de coparticipação podem ser passos significativos na direção da otimização dos recursos, beneficiando tanto a empresa quanto os colaboradores.
Essas estratégias não apenas atuam na redução de custos, mas também contribuem para a construção de uma cultura de saúde dentro da empresa. O tripé conscientização, prevenção e gestão eficiente, resulta em um plano de saúde empresarial verdadeiramente sustentável.
Sendo assim, buscar equilíbrio na sinistralidade é fundamental para manter o benefício sem aumentar os impactos financeiros do mesmo.
A seguir vemos algumas estratégias para redução de custos, sem deixar de oferecer o benefício.
Algumas medidas para reduzir custos com plano de saúde empresarial
Estabelecer a categoria do plano por cargo, implementar a contributariedade e em último caso, o downgrade de rede credenciada e/ou reembolso podem ser medidas estratégicas para reduzir os custos.
A seguir, veja exemplos de estratégias que reduzem significativamente os custos do plano de saúde na sua empresa, com baixo impacto para os colaboradores.
1. Programas internos voltados para a saúde preventiva
Programas internos reduzem custos, aumentam a qualidade de vida e a produtividade. Isso porque costumam ter ações preventivas e melhoram o ambiente de trabalho.
- Campanha de vacinação dentro da empresa
- Horário e espaço para realizar ginástica laboral
- Campanhas sobre o uso e abuso de álcool, drogas e tabagismo
- Parceria com academias como meio de incentivar à prática de atividades físicas
- Programa de incentivo a alimentação saudável e informações quanto à diabete e hipertensão
- Programas de divulgação de conteúdo sobre ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis)
Educar os colaboradores sobre o uso consciente do benefício também pode fazer parte de algum programa interno.
2. Coparticipação & Conscientização
Nem todos sabem, mas, uma consulta com um especialista é mais eficiente para o colaborador e causa menos impacto de sinistralidade para a empresa. Em outras palavras, o atendimento de urgência e emergência, pronto-socorro ou pronto atendimento, tem maior impacto de sinistralidade. E, se o colaborador usou este recurso, é porque não está bem ou está descuidando da saúde preventiva. Imprevistos acontecem, mas a ida ao especialista, reduz os riscos.
Sendo assim, incentivar o uso do plano em consultas e exames de rotina, bem como dos check-ups anuais, é uma medida que certamente irá reduzir custos.
A coparticipação é uma medida efetiva nessa educação do uso. Para a empresa o modelo tem menor precificação e atua como moderador da utilização, pois reduz o desperdício. Vale lembrar ainda que há diversos modelos, podendo ser percentual ou valor fixo, apenas para consultas e exames simples ou para todos os procedimentos eletivos.Para mudar para a modalidade de coparticipação, é preciso conhecer todas as possibilidades e flexibilizações permitidas pela operadora do plano vigente.
3. Downgrade
A possibilidade de downgrade do plano pode ter conotação negativa devido à percepção de perda que gera. Entretanto, existe maneira de realizar esse downgrade, com menor impacto aos colaboradores e ainda assim ter relevância financeira para a empresa.
Se o benefício é de um plano nacional, mas o colaborador não viaja a trabalho, avalie a mudança para abrangência regional.
Reavalie a rede credenciada, analisando a que melhor se encaixa na relação custo-benefício. Rever os valores e abrangência do perfil de reembolso também é uma alternativa que impacta bastante para a empresa. Em muitas empresas o reembolso é direcionado apenas a cargos de diretoria e gerência. Sendo assim, vale a pena verificar quais operadoras flexibilizam e disponibilizam essa variação.
A acomodação. Apartamento ou enfermaria? Este recurso só é usado em casos de internação. De modo geral é comum a preferência pela acomodação “apartamento”; porém, um plano com acomodação “enfermaria” tem menor custo e atende a necessidade do colaborador. Talvez esse seja o item com maior impacto para eles. E o que todos preferem não usar.
Vale destacar que a possibilidade de downgrade deve estar alinhada à política de benefícios da empresa. Além disso, é importante ressaltar que poucas operadoras aceitam o downgrade no plano vigente.
Sendo assim, havendo essa necessidade, a troca de fornecedor deve ser avaliada. Mas atenção! Deve ser feita com cautela e após uma avaliação criteriosa.
Gestão de saúde e o RH
Em um estudo de mercado, uma apólice ativa há mais de 3 anos certamente terá custos inflados em relação ao mercado ou a apólices mais novas.
Isso ocorre porque os percentuais de reajustes anuais das apólices vigentes estão próximos a 17% ao ano. Ou seja, é maior do que as mudanças das tabelas comerciais, que variam de 5% a 10% ao ano. Por isso, após um certo tempo, a troca de operadora pode levar a uma economia de até 30%. Porém, esse dado precisa ser validado sempre por um estudo de mercado, em uma avaliação atual do cenário econômico.
Para alcançar o equilíbrio entre custos e benefícios, é de suma importância que o RH esteja em sintonia com as estratégias de gestão de saúde. A redução de custos com plano de saúde empresarial não se resume à troca da operadora ou o plano mais barato. As soluções são assertivas quando passam por uma análise diagnóstica sobre o perfil dos colaboradores, a situação atual da empresa, do mercado, entre outras. Para tal, uma consultoria especializada para realizar um estudo é o mais indicado.